carreira médica

Nossos conteúdos oferecem uma visão aprofundada sobre dados, índices e informações relevantes para profissionais que seguem a carreira médica.

Estatísticas de empregabilidade, remuneração média por especialidade, até as últimas tendências e inovações na área da saúde.

Os médicos podem descobrir insights valiosos sobre o desenvolvimento de carreira, oportunidades de educação continuada e melhores práticas no campo médico.

Além disso, nossos conteúdos fornecem análises detalhadas de dados relevantes, permitindo que os profissionais da saúde tomem decisões bem informadas sobre seus caminhos profissionais.

Com acesso a informações atualizadas e precisas, os médicos podem não só aprimorar suas competências durante a carreira médica, mas também contribuir significativamente para a evolução da medicina e para o bem-estar dos pacientes.

Escolha da Especialidade Médica: O Papel do Interesse Pessoal

Escolha da Especialidade Médica: O Papel do Interesse Pessoal

Relacionamento profissional, prestígio da instituição e oportunidade de trabalho ficaram entre segundo, terceiro e quarto lugar, respectivamente

A especialidade médica é uma decisão muito subjetiva. Porém, um levantamento divulgado pela Demografia Médica do Brasil 2023 mostrou que o “interesse pessoal” é o fator que mais pesa na hora de decidir a especialidade médica na qual o médico seguirá carreira.

Outros fatores decisivos para a residência médica (RM) foram: “bom relacionamento/convívio com médicos da especialidade pretendida”, “prestígio da instituição que mantém o programa de RM”, “oportunidade de emprego” e “carreira profissional que a especialidade pode proporcionar”, respectivamente. A “expectativa de remuneração” ficou em 10º lugar, das 13 posições apresentadas, considerada como aspecto importante por 16% dos entrevistados.

Outros motivos elencados que menos impactam na decisão do médico são: “influência de amigos ou familiares”, “presença de médico especialista na família” e “dificuldade de ingressar na residência”.

O levantamento foi realizado com a participação de 1.614 médicos residentes em atuação no país com até 35 anos de idade. Para o cálculo amostral, levou-se também em consideração o gênero e o local de domicílio.

Fonte: Scheffer M. et al., Demografia Médica no Brasil 2023
Motivos da escolha da especialidade entre médicos residentes participantes da amostra, em 2022

Mudança na escolha

A residência médica é um treinamento para médicos recém-formados que desejam se especializar em uma determinada área da medicina. É um período de formação, inclusive, que exige alta dedicação dos profissionais para se qualificarem e prestarem o melhor serviço possível à sociedade.

Contudo, existem profissionais que percebem, ao longo do curso de especialização, que a área escolhida não é a mais adequada para o seu futuro.

Quando se trata de mudança de especialidade, o levantamento indicou que 10% dos médicos residentes trocaram de área ou programa de RM. Destes, 7,4% iniciaram outra especialidade e 3% ingressaram em outro programa, porém na mesma especialidade iniciada anteriormente .

A mudança se deu principalmente por desinteresse na área de especialização (44,2%), falta de atendimento às expectativas do programa ou devido à qualidade da formação (17,8%).

Ausência de vocação (10,5%), distância do local de domicílio (7,2%) e perspectivas de retorno financeiro (5,3%) foram outros fatores que fizeram os profissionais mudarem de área.

Excesso de trabalho

De acordo com a Lei nº 6.932, de 1981, que dispõe sobre as atividades do médico residente no Brasil, os programas de Residência Médica devem respeitar o máximo de 60 horas semanais, incluindo o máximo de 24 horas de plantão. Porém, não é bem isso que se tem relatado.

Muitos profissionais que participaram do estudo informaram que dedicam 39 horas e 18 minutos semanais em atendimento direto a pacientes, além de outras 15 horas e 36 minutos em plantões dentro do programa de RM.

Os residentes afirmam, também, dedicar, em média, duas horas e 41 minutos semanais na realização de exames laboratoriais e de diagnóstico.

Para o preenchimento de prontuários e tarefas administrativas, afirmam gastar, em média, 16 horas e 12 minutos por semana. Relatam, ainda, dedicar outras cinco horas e 25 minutos semanais, em média, para atividades didáticas e teóricas.

Ao considerar todas as atividades realizadas, os residentes afirmam dispensar, em média, 79 horas e 12 minutos por semana, bem acima das 60 horas semanais legalmente preconizadas.

Fonte: Scheffer M. et al., Demografia Médica no Brasil 2023
Médicos residentes participantes da amostra, segundo tempo médio dedicado a atividade do programa de Residência Médica, ao longo de uma semana típica, em 2022

Essa jornada excessiva demonstra a relação direta entre o excesso de trabalho e casos de fadiga, estresse e até mesmo burnout dos médicos.

Além disso, a rotina excessiva pode colocar em risco a saúde dos pacientes, que podem receber um mau atendimento. Situações como essas, ainda em início de carreira, demonstram que é necessária uma atenção especial para uma realidade humanamente impossível de ser perpetuada.

Para saber mais detalhes da pesquisa, clique aqui.

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Diminui Índice de Estudantes de Medicina Negros

Diminui Índice de Estudantes de Medicina Negros

Em compensação, houve um aumento no percentual de alunos que se declararam pardos. Confira o estudo.

Estudantes de medicina: em 10 anos, a maioria dos alunos eram pessoas autodeclaradas brancas. Em 2019*, o índice foi de 69,7%. Já o número de  estudantes autodeclarados pretos diminuiu mais da metade: em 2010 eram 8,2% ; em 2019 foi para 3,5% do total de ingressantes.

Em contrapartida, o índice da população autodeclarada parda nas universidades cursando medicina aumentou. Em 2019, tinham 9.326 alunos ante 1.483 em 2010.  

População negra é maioria na pública

O estudo apontou, ainda, que a porcentagem de ingressantes segundo raça/cor variou conforme a instituição, se pública ou privada. Em 2010, a população negra nas escolas públicas representava 38,6%, quase o dobro do encontrado nas escolas privadas (19,4%). Após 10 anos, em 2019, o número de pretos e pardos era de 41,6% nas públicas e 23,0% nas escolas privadas, mostrando que a diferença se manteve.

O que podemos considerar nesse recorte é que houve um avanço no número da população negra cursando medicina no país.  Esse aumento da identificação racial deve-se, entre outros aspectos, ao maior número total de vagas disponíveis. A política de cotas também é um outro fator importante nesse processo, uma vez que diminui a desigualdade do acesso aos jovens negros e pardos na área médica.  Soma-se a essas lutas e conquistas as ações afirmativas, tanto de reparação histórica quanto na educação.

No entanto, em termos percentuais, considerando o total de estudantes na medicina, não houve alteração. Isso mostra que a inclusão ocorre de maneira mais lenta do que ocorre no ensino superior e na sociedade como um todo, levando em consideração que, nos últimos anos, o número de pessoas que se declaram como pretas e pardas no Brasil tem aumentado.

Pretos e pardos representam, agora, 56% da população. É o que diz a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ainda assim, temos muito a comemorar e ao mesmo tempo evoluir nesse processo.

*Até 2019, o Inep disponibilizava microdados do censo sem restrições. Para adequação à Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709, de 14 de agosto de 2018), a partir de 2020 (último ano disponível no momento do estudo) parte dos dados passou a ser fornecida de forma semi-agregada. Assim, para a maior parte das análises são usados dados da série de 2010 a 2019. (Fonte: Demografia Médica do Brasil 2023). 

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Médico pessoa física ou jurídica: qual a opção mais rentável?

Médico pessoa física ou jurídica: qual a opção mais rentável?

Esclareça algumas dúvidas antes de tomar a decisão por uma das duas modalidades. Saiba tudo aqui!

Médico pessoa física ou jurídica? Existe uma dúvida comum entre os médicos recém-formados na hora de atuar no mercado de trabalho: ser um profissional autônomo pessoa física ou abrir uma empresa para atender como pessoa jurídica?

Os médicos são profissionais liberais. Isso significa que, após a finalização do curso, o profissional tem a oportunidade de escolher como quer atuar: ser funcionário regido na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), prestador de serviço autônomo como pessoa física ou abrir uma empresa (Pessoa Jurídica).

O fato é que não existe a opção correta. A escolha vai depender de uma série de fatores, como propósito, modelo de trabalho e organização tributária.  Você sabia que um médico, que inicia a carreira sem planejamento tributário, chega a perder R$1,6 milhões em 30 anos? Temos certeza que você não quer perder esse dinheiro. 

Então para te ajudar nessa escolha, entenda a diferença entre as modalidades e decida a melhor opção para que você exerça a profissão tão sonhada de maneira rentável e financeiramente sustentável.

Pessoa Jurídica

Não existe diferença na rentabilidade como PF ou PJ. O que o médico deve avaliar, no entanto, são as regras de tributação. Nesse caso, ele precisa abrir a sua própria empresa e optar pelo regime tributário que se encaixa no nível de faturamento e realidade profissional.

Existem três regimes tributários no Brasil: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real e para cada situação de negócios, recomenda-se um diagnóstico para apurar qual seria o cenário mais adequado.

RECEITA BRUTA EM 12 MESES (R$) ALÍQUOTA VALOR A DEDUZIR (R$)
1ª faixa – Até 180.000 6,00 0,00
2ª faixa – de 180.000,01 até 360.000, 00 11,20 9.360,00
3ª faixa – de 360.000,01 até 720.000,00 13,50 17.640,00
4ª faixa – de 720.000,01 até 1.8000.000,00 16,00 35.640,00
5ª faixa – 1.8000.000,01 até 3.600.000,00 21,00 125.640,00
6ª faixa – 3.600.000,01 até 4.800.000,00 33,00 648.000,00

Outra vantagem é que é possível fazer negócios diretamente com empresas. Essa relação costuma ser mais aceita porque os riscos de problemas trabalhistas são menores, uma vez que a empresa contratada é a responsável por manter todos os trâmites corretos com o seu funcionário. Isso facilita a celebração de contratos.

Para obter um CNPJ, é preciso apenas que o médico tenha endereço fixo e CRM ativo. No máximo em 15 dias o profissional conseguirá realizar as prestações de serviços e emitir nota fiscal para receber a produção do mês.

Pessoa física

O médico pessoa física atua como profissional autônomo e inicia as atividades recolhendo pelo menos 27,5 % de Imposto de Renda. Além desse custo, deverão ser pagos o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o alvará de localização e o Imposto Sobre Serviços (ISS), tributo que incide na prestação de serviços realizada por empresas e profissionais autônomos.

Para obter um rendimento mensal tranquilo, é preciso que o profissional faça uma projeção dos rendimentos e despesas, analisando os valores líquidos que serão tributáveis para imposto de renda.

Para isso, é essencial e obrigatório que o médico utilize o livro caixa. O documento é indicado para planejamento tributário de profissionais autônomos e tem o objetivo de deixar eficiente os rendimentos na pessoa física. O profissional da medicina pode, por exemplo, utilizar-se das despesas dedutíveis pertinentes à execução da profissão, é possível diminuir ou até zerar os 27,5% do rendimento na pessoa física.

Por exemplo:

Um médico que recebe rendimentos mensais de aproximadamente R$ 50 mil em pessoa física tem tributação na alíquota 27,5% e dedução de R$ 869,36 no pagamento do imposto, portanto, R$12.880,64/mês.

Se suas despesas dedutíveis mensais somarem R$ 10 mil com a utilização do livro caixa, o imposto passa a ser R$ 10.130,64, o que representa uma economia mensal de R$ 2.750,00, e anual de R$ 33 mil.

(Print do livro caixa enviado pela cliente)

SEM CONSULTA

RENDIMENTO MENSAL IMPOSTO MENSAL IMPOSTO ANUAL
R$50.000,00 R$12.880,64 R$154.567,68

COM CONSULTA

Rendimento mensal Despesas dedutíveis Imposto mensal Imposto anual
R$50.000,00 R$10.000,00 R$ 10.130,64 R$ 121.567,68
        ECONOMIA MENSAL  –        R$ 2.750,00     

        ECONOMIA ANUAL –           R$ 33.000,00                                                                                      

O que é necessário saber antes de tomar qualquer decisão?

Qualquer profissional médico que deseja se tornar pessoa física ou jurídica não pode negligenciar a sua contabilidade. Por isso, é muito importante passar por uma assessoria contábil. S

omente com um suporte especializado é possível traçar um plano estratégico que se adeque à sua realidade profissional, de maneira eficiente e rentável.

A empresa precisa ser proativa e não se limitar a tarefas burocráticas. É importante ouvir o que o cliente tem a dizer e, a partir daí, traçar decisões estratégicas que ajudem o médico a pagar menos e ganhar mais, tudo dentro da lei.

Precisa de ajuda? Fale com um consultor da Mitfdokus.

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