Antes de abrir um consultório é fundamental ter cuidado com a organização financeira, procedimentos iniciais e legalização tributária.
A área médica é vista como uma das mais auspiciosas do mundo para quem deseja montar o próprio negócio, devido a três fatores: primeiro, o envelhecimento gradativo da população; depois, a carência de atendimento no SUS; e, por fim, o fato de as pessoas estarem buscando mais qualidade de vida, e isso inclui checkups preventivos e consultas a especialidades diferentes.
Para se ter uma ideia dessa mudança de comportamento, a Pesquisa Global de Sentimento do Consumidor, realizada pela WW em parceria com o Instituto Kantar, ouviu 14.506 pessoas, entre 18 e 69 anos, em 15 países, e reconheceu que entre os brasileiros, especialmente, 91%, estão focados em manter e/ou melhorar sua saúde e bem-estar, enquanto em todo o mundo o percentual é de 78%.
Portanto, empreender por aqui, na área médica, pode ser sinônimo de sucesso garantido. Mas nem tudo são flores e antes de abrir um consultório médico é fundamental ter cuidado com a organização financeira, procedimentos iniciais, legalização tributária etc.
Para abrir um consultório existe uma série de exigências legais e administrativas que precisam ser providenciadas antes da abertura da empresa..
O primeiro detalhe a se atentar diz respeito ao segmento de atuação, e o profissional deverá se enquadrar em uma especialidade que se encaixe no rol de 59 áreas de trabalho da Agência Nacional de Saúde (ANS).
Como é necessário definir o regime tributário do negócio e os dados para a prestação de contas com o fisco, é possível abrir o consultório ou a clínica dentro de algumas categorias, sendo que as mais comuns são:
- clínica médica popular: oferece atendimento para pessoas que não são associadas a planos de saúde particulares.
- consultório de até duas especialidades:clínica que conta com profissionais de áreas diferentes trabalhando em conjunto. Normalmente são especializações que se casam, como a dermatologia e a cirurgia dermatológica, por exemplo.
- clínica geral de procedimentos simples:realiza algum tipo de procedimento médico e, para isso, requer disponibilidade de medicamentos, materiais, insumos e equipe especializada para realizar o atendimento.
Depois de definir o espaço, a localização e estrutura, o passo seguinte é ir atrás das autorizações legais para dar início à atividade.
As principais licenças são: Viabilidade concedido pela prefeitura local, registro do consultório enquanto pessoa jurídica (CNPJ); autorização do Corpo de Bombeiros; licença da Vigilância Sanitária; alvará de funcionamento; e cadastro no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES).
Bem, após toda essa trajetória, não há mais volta: além de médico, agora é empreendedor. E ser um empreendedor, principalmente no Brasil, requer um estudo, digamos “à parte” e uma nova cultura, visto que nas faculdades de Medicina nada é ensinado a respeito.
Ademais, será preciso lidar com uma elevada quantidade de taxas e impostos, o excesso de burocracia e a dificuldade de acesso a crédito, os quais são somente alguns dos desafios que fazem com que muitos negócios encerrem suas atividades antes de completarem cinco anos.
Por isso, para quem está pensando em montar uma clínica ou um consultório médico, o mais aconselhável a ser feito é prezar por uma gestão eficiente, desde o início da atividade.
A Mitfokus Contabilidade Médica, além de prezar pelo controle financeiro de instituições dos mais variados portes e pela estruturação de um fluxo de caixa organizado, através de uma plataforma estruturada para as mais distintas realidades médicas, é especializada em orientar os profissionais da área médica sobre como lidar com a carga tributária, aplicar melhor seus investimentos, bem como na identificação de quais gastos podem ser cortados ou reduzidos.