Todos os anos, as faculdades disponibilizam no mercado mais de 25 mil novos profissionais, que têm muitas dúvidas sobre o que fazer no início da carreira
Formatura em medicina. De acordo com dados do Conselho Federal de Medicina (CFM), há no Brasil mais de 500 mil médicos com registro profissional ativo.
Por sua vez, o Censo do Ensino Superior diz que existem atualmente 376 faculdades na área, e 181 dessas instituições de ensino superior foram abertas entre 2011 e 2021. Isso significa que todos os anos cerca de 25 mil pessoas concluem a graduação e adentram no mercado de trabalho.
E um dos principais questionamentos desses indivíduos, que estão, nesse ano de 2023, no último ano do curso de Medicina é: o que eu vou fazer depois de me formar? Logo depois, surgem as perguntas: qual das 55 áreas devo atuar? Afinal, é melhor seguir os rumos da especialização ou da residência médica? O que é mais lucrativo, abrir o próprio consultório ou trabalhar em regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT)?
É normal ficar confuso nesse momento, já que os gaps entre a faculdade e a vida real são enormes. Ademais, como a Medicina tem um vasto conjunto de opções, qualquer passo errado – antes mesmo de começar a carreira – pode ser traumatizante.
Sabendo das dificuldades nesse processo de transição, a Mitfokus, empresa especializada em soluções tecnológicas, financeiras e tributárias para a área médica, listou alguns caminhos para o estudante que se formará esse ano iniciar sua trajetória profissional.
Uma das opções após a formatura em medicina é a escolha por ser médico generalista, que é válida para quem ainda não decidiu qual especialidade deseja seguir. De acordo com o Salario.com.br, portal de cargos e remunerações atualizado através de dados oficiais do mercado de trabalho brasileiro, hoje, um médico generalista ganha em média R$ 11.267,05 para uma jornada de trabalho de 28 horas semanais.
Mas, antes de optar pelo cargo, deve-se ter em mente que a jornada é corrida e muitas vezes estressante. Contudo, um dos principais benefícios dessa área de exercício é que o aprendizado – lidar com tipos diferentes de pacientes e, portanto, variadas patologias – fará com que o recém-formado reconheça qual segmento tem mais afinidade.
Para quem já tem em mente em quais trilhos quer fazer carreira, o ideal é fazer residência médica, uma modalidade de ensino de pós-graduação destinada a médicos, sob a forma de curso de especialização cuja duração é de 2 a 5 anos.
Funcionando em instituições de saúde denominadas hospitais-escola, os pós-graduandos realizam atividades remuneradas sob a orientação de médicos especialistas. Isso significa que quanto mais cedo o médico se torna especialista, mais rápido ela alcança progresso e autonomia no seu trabalho. Uma das principais vantagens em priorizar a residência médica é que, sendo um especialista, o médico receberá um salário bem maior do que sendo generalista.
Mas, como para entrar na residência é necessário investir muito tempo em estudo, uma vez que as provas são difíceis, há quem opte por fazer uma pós-graduação, que é outra forma de se aprofundar em algum segmento.
Com duração de 2 anos, o estudante de pós-graduação se dedica a atividades de ensino, pesquisa e desenvolvimento. Após a conclusão do curso, chega a hora de realizar a prova de título, um exame teórico e prático anual formulado pela Sociedade Brasileira. Em tese, é essa avaliação que concede a aptidão para um médico trabalhar em uma especialidade, inclusive de forma acadêmica. O mais aconselhável, antes de ingressar na pós, é ler os editais da área cuja afinidade seja maior, verificando se as propostas apresentadas correspondem com o que o candidato tem em mente.
Porém, há quem queira fazer seu próprio horário e ter emprego fixo. Nesse caso, a opção é abrir um consultório médico, o que não é nada fácil também. Primeiro, por conta das questões empresariais e fiscais que permearão todo o processo, e que começarão a acompanhar o médico antes mesmo da inauguração do espaço.
Ademais, é preciso conquistar a confiança dos pacientes, contar com pessoas especializadas na administração, estudar sobre educação financeira e buscar sempre a inovação.
Fato é que, independentemente da decisão a ser tomada, todo médico recém-formado precisa ser interativo e manter um bom relacionamento com sua equipe de trabalho, um dos principais pilares para uma boa evolução da carreira.
Outras orientações são: pedir auxílio sempre que tiver dúvidas sobre procedimentos, prescrições ou em como atender melhor a um indivíduo; prestar atenção, interpretar tudo que o paciente estiver falando e observar seus sintomas, tratando-os com educação, empatia, respeito e cordialidade; e manter-se sempre atualizado, procurando diariamente ler livros e artigos, ou assinando fóruns e podcasts.
Por fim, como a rotina do médico é bem corrida, é fundamental saber, ainda, priorizar um tempo para descanso e diversão. Atividades físicas, hobbies e meditação são ótimos aliados para colocar os pensamentos e as emoções em ordem, fazendo com que o profissional atue de forma mais tranquila.
Lembre-se: o trabalho médico é providenciar saúde e bem-estar para as pessoas, por isso, quem adentra nessa área nunca pode esquecer de ter o próprio equilíbrio entre mente e corpo, o maior diferencial para ter mais disposição, energia e felicidade naquilo que se faz.
Dessa forma, se a sua formatura em medicina está chegando, a Mitfokus Contabilidade Médica conta com um programa exclusivo para os médicos recém-formados, para auxiliar no início da carreira. Para saber mais, acesse aqui.